segunda-feira, 16 de junho de 2014

Minha perspectiva

Gosto de dividir minha perspectiva em 5 pilares:
- Criação cósmica
- Três verdades dos Eventos
- Três verdades da Existência
- Ética
- Morte


Sobre a Criação Cósmica:

Acredito que uma entidade, que por conveniência chamaremos de Deus, que tem como características a neutralidade, imparcialidade, não-intervenção, durabilidade e a unidade com a Existência, criou a Existência, permitindo que tudo que nela possa existir exista, podendo ou não ser Real, ou seja, empírico ou não.

Ou seja, Deus é a Existência e a Existência é Deus.

Deus criou os muitos universos que existem dentro do alcance da Existência, dentre eles o nosso universo, que se iniciou com o primeiro, de muitos outros que já aconteceram, Big Bang.

O nosso universo, até onde conhecemos, tem uma natureza cíclica, de Construção, Preservação e Destruição.

O Big Bang libera toda a energia do universo e se expande, até o ponto de equilíbrio, que é a Preservação. A partir desse ponto, começa o período da Destruição do universo, até o ponto que todo o universo volta a ser um misero ponto, esperando para ser liberado.

E o nosso universo fica nesse ciclo contínuo e eterno, como se fosse o pulsar de um coração.

Deus criou o nosso universo da maneira que deve funcionar, sempre estando em equilíbrio e em constante fluxo.

Esse Deus não intervem em nenhum aspecto do universo, pois ele já o criou de maneira perfeita e como deve funcionar.

Também não intervem e não se importa com assuntos humanos.

Deus é como um Relojoeiro que criou o relógio perfeito, com cada engrenagem e mola onde deve estar: aquele que dá a sua própria corda enquanto se movimenta periodicamente e perpetuamente.



Sobre as Três Verdades dos Eventos

Eu acredito que todos os eventos têm uma de três naturezas possíveis e essas três naturezas podem se entrelaçar:

- Destino -> Acontecem independente de nossas escolhas e ações (a morte é um destino certo para todos) OU acontecem inevitavelmente devido a determinadas escolhas que tomamos livremente (pular de um prédio: livre escolha; destino inevitável: morte)

- Acaso -> Independe de nossas escolhas e tem resultados independente de nossas ações ( eu ser atingido por um meteorito, por exemplo)

- Escolha -> Depende de minhas atitudes (como cruzar a rua ou não, pular do prédio ou não, comer algo ou não, por exemplo)

Escolhas podem ou não gerar destinos inalteráveis.
Destinos existenciais, ou seja, que são inerentes á própria existencia da pessoa (como a morte, por exemplo) são inevitáveis e independem de escolha.
Acaso pode ser positivo (Sorte) ou negativo (Azar)




Sobre as Três Verdades da Existência

O universo (pelo menos o nosso) segue três padrões imutáveis, constantes e periódicos:
Construção, que pode ser representada pela divindade hindu Brahma;
Preservação, que pode ser representada pela divindade hindu Vishnu;
e Destruição, que pode ser representada pela divindade hindu Shiva.

O universo está nesse constante processo de se construir, se preservar, e se destruir, e repetir todo o ciclo novamente e eternamente.

O mantra hindu ''Om'' representa esse ciclo.

*NÃO SIGNIFICA ADORAR ESSAS DIVINDADES! É APENAS UMA REPRESENTAÇÃO!*



Sobre a Ética

O bem maior e objetivo ultimo da vida humana é a Felicidade, e está apenas pode ser alcançada através de uma vida virtuosa, moderada, equilibrada, autônoma e autodisciplinada. Sem esses atributos, é impossível ser feliz.

A virtude é o bom comportamento em sociedade, ou seja, não fazer ao outro o que um não deseja para si, respeitar o próximo, cuidar dos necessitados, preservar o meio ambiente afim de garantir um ambiente melhorar para as pessoas viverem (não por um motivo de ''devemos salvar a Terra''. A Terra está bem, nós é que estamos em perigo de extinção em consequência dos nossos atos desenfreados), ser tolerante e sempre procurar um desenvolvimento social, afim de garantir uma vida digna a todos os humanos.

A moderação é o caminho do meio entre a automortificação e a autoindulgência. Não viva em excessos, pois eles nos fazem perder o equilíbrio, e sem equilíbrio nossas ações trazem sofrimento, sobretudo a nós mesmos. Frequentemente somos a causa de nosso próprio sofrimento.

A autonomia é a independência de uma pessoa para com a outra, ou seja, cada um carrega seu próprio peso. Cada um é responsável pelo seu próprio sustento e o sustento de seus filhos e filhas até que esses possam se sustentar. O sustento deve ser o suficiente para garantir uma vida digna á pessoa e é dever do governo de garantir uma faixa salarial que permita essa dignidade. Os excessos da renda podem ser direcionados para muitos propósitos, seja para fins egoístas ou altruístas. É claro que o mais recomendável é que os excessos da renda sejam direcionados a fins altruístas, afim de melhorar a sociedade, trazer desenvolvimento e amparar os desamparados.

Por fim, a autodisciplina é essencial para alcançar equilíbrio físico e mental, afim de evitar excessos, solucionar problemas pessoais, aprender a ser paciente e lidar com os problemas cotidianos. Aprender a ser tolerante, respeitoso e educado. É dever de todos disciplinarem-se afim de se tornarem membros produtivos, participativos e essenciais para uma sociedade mais justa, mais harmônica e em sintonia com o Fluxo Universal, que é o Equilíbrio.

O mundo é um reflexo da sociedade, e a sociedade é um reflexo dos indivíduos que vivem nela juntos. Ou seja, a maior mudança começa dentro de si. Vide a importância da autodisciplina.



Sobre a Morte

A morte é uma parte natural e inevitável de todo ser vivo.

Nascemos, vivemos e morremos. Isso é imutável e não há como fugir desse destino comum a todos.

Mesmo se for descoberta uma maneira de tornar os homens imortais e jamais envelhecerem, o universo eventualmente entrará na fase de Destruição, desfazendo tudo e a todos.

A morte é apenas a transição de uma forma de existir nesse universo para outra.

A morte é o fim da dor.

Não devemos jamais temer a morte, pois ela é inevitável.

Ao invés de temer a morte, porque não viver uma vida feliz?

Se todos morreremos no fim, o que temos a perder vivendo uma vida feliz com o próximo?

A felicidade não depende da desgraça alheia; apenas de nós mesmos, já que ela é autossuficiente.

Não devemos repudiar nem desejar a morte, mas aceita-la como ela é: um destino natural e inevitável.




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