Bancada da bala, da bola, ruralista e evangélica.
Com toda certeza essas bancadas lutam pelo desenvolvimento social e cultural do país de forma a torna-lo autônomo e suficiente no cenário global, seja politicamente, socialmente e economicamente. #SQN
Enquanto houver gente defendendo:
Que ''bala'' é a solução para a criminalidade generalizada que a própria organização social produziu, em sua grande parcela, por causa das desigualdades materiais latentes entre ricos e pobres.
Que ''bola'' (referente ao futebol, o nosso ''national pastime'') é felicidade e praticamente um ''dever ser de todo brasileiro'', e não um pão e circo onde poderosos envolvem-se em esquemas de corrupção, sejam empresários, jogadores e políticos de TODOS os partidos.
Que vivemos em um estado ''Laico-cristão'', de modo a vedar direitos fundamentais com uma justificativa fundamentalista construída a partir de dogmas de uma determinada religião. Sinto informar, mas não existe ''Laico-cristão''.
Ou é LAICO, ou é CONFESSIONAL, ou é uma TEOCRACIA, decida-se.
Eu já me decidi: prefiro um estado LAICO, em seu sentido estrito e claro, pois ao meu ver, é o único tipo de Estado que realmente tolera a divergência e a multiculturalidade.
E apoiando cegamente e incondicionalmente grandes corporações e fazendeiros latifundiários (nacionais ou estrangeiros), defendendo que isso é ''desenvolvimento'', quando na verdade trata-se de CRESCIMENTO ECONÔMICO, no qual uma determinada parcela colherá os benefícios e sem respaldo e responsabilidade nenhuma para com o progresso e justiça social, o meio ambiente e à dignidade humana, sobretudo de minorias e grupos hipossuficientes.
Enquanto houver na política pessoas defendendo esses absurdos, esse país vai continuar o que está: um capacho da exploração dos países no norte e das elites internas, cujas quais são apoiadas e manipuladas por esses mesmos países através da ideologia propagada pela mídia e por ''doações'' (leia-se SUBORNO) privadas de campanha política, tendo por consequência um desenvolvimento sócio-econômico-cultural ruim comparado ao montante de riquezas nacionais que esse país já produziu e com violações constantes aos direitos e a dignidade humana por parte das instituições sociais como o Estado, a polícia e grupos da própria sociedade civil.
Esse país cresceu e se desenvolveu muito nesses 27 anos de democracia (ainda que frágil) que conseguimos com muita luta e suor, porém há muito a se desenvolver e evoluir ainda, seja culturalmente, socio-economicamente e politicamente falando.
Mas acima de tudo, acho que o primeiro passo é haver uma renovação na consciência e na moral do povo, não adotando a velha, tradicional e relativamente ultrapassada moralidade judaico-cristã (embora muitos elementos dela realmente sejam importante e desejáveis), mas uma moral moderna, humanista, secular e racional, que defenda a dignidade para todos.
Essa é minha opinião.
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