Depois de um breve estudo sobre Ética, cheguei a seguinte conclusão:
Um deontólogo é alguém que joga no lixo a ética (questionamento da moral) e está cagando e andando com as consequências de suas condutas, visto que um deontólogo mede a conduta em si, e não as consequências decorrentes dela.
''Obedeça! Por mais que pessoas morram, obedeça! Obedeça a conduta que consideramos como INERENTEMENTE certa! Caso contrário, você estará agindo de forma errada e portanto injusta!''
Não obstante, governos totalitários, autoritários e conservadores tendem sempre a serem....deontologicos. Justamente porque você DEVE obedecer ordens, por mais que você ache elas injustas na situação. Afinal, são INERENTEMENTE certas ou erradas.
E por conveniência, quem questionar é preso, torturado e/ou morto, por ser considerado um ''inimigo público, agitador, terrorista e imoral''
Diferentemente, um consequêncialista - posicionamento que eu adoto - DEVE medir as consequências de seus atos.
Ou seja, o que importa não é o ato em si, mas a finalidade e a razão por trás do ato. Justamente por isso desconsidero que QUALQUER ação, por mais cruel e horrível que possa nos parecer (tipo tortura) não é INERENTEMENTE errado.
O que NÃO significa dizer que eu, Daniel, não ache tortura algo errado e que não deveria ser feito, em especial por parte da polícia e do Estado.
A ideia é justamente entender que em determinadas situações, contextos e circunstâncias, atos que para nós podem parecer intoleráveis DEVEM ser tolerados. Quer um exemplo? Leia o Caso dos Exploradores de Caverna.
Você realmente condenaria à morte alguém que, passando fome em um acidente numa caverna, canibalizar um corpo porque as leis e morais do seu pais assim ditam?
Canibalismo é algo certo ou errado?
Vê o problema em considerar condutas como ''inerentemente certas ou erradas''?
Vê o problema em considerar uma moral inerente e absoluta?
Por isso defendo que o mais sensato é ser um niilista moral; o que NÃO SIGNIFICA que uma pessoa não possa construir um código de conduta. Um niilista moral apenas afirma que NÃO EXISTE MORAL INERENTE AO SER HUMANO.
Legalidade e moralidade não se confundem com justiça.
Justiça é um valor positivo e desejável que damos à condutas humanas.
Moralidade e legalidade são coerções, proibições ou permissões socio-políticas.
E ainda adoto o pensamento utilitarista, que embora TENHA SIM falhas, até agora, é o melhor sistema ético que eu conheço: suas atitudes devem ser tomadas de tal forma que traga o máximo de resultados positivos para ao maior numero de pessoas possíveis.
Sim, isso inclui em eu aceitar a ideia de matar uma pessoa inocente para salvar outras 10 pessoas inocentes. Ou então de, por exemplo em uma situação de guerra, matar 10 soldados para salvar um médico que pode salvar mais de 10 pessoas, seja no campo de batalha ou em um hospital de campo.
Seja direta ou indiretamente, suas decisões DEVEM beneficiar o maior número de pessoas o possível.
O pensamento utilitário deve considerar sempre quantidade e/ou qualidade quando não são mutuamente exclusivas, afim de trazer o máximo de resultados positivos para o maior numero de pessoas o possível.
Mato 10 psicopatas ou salvo uma pessoa que nada fez? Mato um psicopata ou salvo 10 pessoas que nada fizeram?
Porém, também defendo que dilemas morais são situações pessoalmente miseráveis e devemos fazer o melhor para evitar tais situações.
Porém, em um caso desses, não é possível resolver através da moralidade: devemos ser utilitários.
E porque? Ora, se é um dilema moral, é porque a moral está se conflitando, e se está conflitando-se, não podemos resolver o caso usando-a!
Para evitar casos como esse, faça de tudo para evitar o litígio entre pessoas.
E se houver litigio, tente soluciona-lo da maneira mais rápida, eficiente e utilitária o possível.
E caso não consiga resolvê-lo, tente retardar ou diminuir ao máximo os efeitos negativos.
Em caso de dilemas morais (salvar um em detrimento do outro), seja utilitário.
Diante de tudo o que foi exposto, só posso concluir isso:
Escondendo-se por trás de uma máscara moral que facilmente pode ser quebrada e refutada numa situação prática, um deontólogo te diria para não mentir, mesmo se isso trouxesse a morte de 100 pessoas, porque mentir é ''inerentemente errado''.
Por isso sou um niilista moral, consequencialista e utilitário.
Vale frisar: não o sou por defender que eu sou ''uma pessoa boa, justa, moral e altruísta''. Sou uma pessoa MUITO individualista. A questão é, meu individualismo CONSEQUENCIALMENTE e curiosamente traz muitos benefícios para muitas pessoas.
É do meu melhor interesse ver outras pessoas se dando bem. Tenho muito a ganhar com isso.
Quem conhece meu posicionamento político sabe do que eu estou falando.
Se você ainda acredita em códigos morais inerentes e absolutos, só lamento. Refutem-me.
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