É o que eu já tinha escrito alguns meses atrás: é meio difícil não ter fanatismo religioso em Estados que não são laicos e não adotam o Estado Social Democrático de Direito....que nem os Estados que os EUA ajudaram financiando e apoiando para garantir os interesses das elites pelas quais o governo americano serve. Fizeram uma caca onde não deviam por se acharem o ''Arauto da Democracia e da liberdade'' e agora muita gente tá pagando o pato no Oriente Médio.
Os EUA financiaram e apoiaram um monte de ditaduras no mundo por causa de interesses políticos e econômicos, e esse é o resultado quando ditadores e fanáticos armados e financiados ''fogem da coleira''.
O problema não é o Islã (Até porque o pentateuco defende um monte de absurdos que alguns cristãos ainda usam para legitimar barbáries, mesmo que para um cristão o Antigo Testamento tenha, em grande parte, ''morrido'')
O problema do fanatismo religioso (do nível de explodir prédios eu digo) existe em qualquer lugar onde inexista o Estado Social Democrático de Direito e o Estado Laico (ou no mínimo confessional) Religião e política no Oriente Médio anda de mãos dadas, assim como religião e política na Europa Medieval andava de mãos dadas.
Eis o porque defendo com unhas e dentes que religião (uma instituição que prega um conteúdo moral e baseia-se em crenças metafísicas) tem que se distanciar o MÁXIMO possível da política (uma instituição que é amoral (seja para esquemas de corrupção ou para decisões utilitárias e racionais).
O que o Oriente Médio precisa é o que nós, do ocidente, tivemos: uma Renascença. Pessoas metendo o pau na religião e tentando afasta-la da política o máximo possível, e essa Renascença muçulmana vai partir dos próprios muçulmanos, tal como nossa Renascença partiu de cristãos.
O ISIS é um fruto, não uma causa.
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